Incorporando a gestão financeira pessoal ao banco Inter.
O Desafio
Durante o UX Unicórnio, tive a oportunidade de escolher entre os desafios propostos para trabalhar, optei pelo desafio de fintech. Com isso encontrei um grupo com o mesmo interesse, e nos unimos para trabalhar no projeto durante os meses seguintes.
Nosso grupo se entrosou facilmente, e os seis membros estavam bastante animados com o desenvolvimento do projeto.
A ideia inicial do desafio era criar um produto para entender os hábitos financeiros dos usuários e proporcionar uma melhor qualidade de vida para eles. Após algumas pesquisas e discussões, percebemos que o melhor a ser feito era desenvolver uma funcionalidade para algum banco. O Banco Inter foi escolhido pois disponibilizava vários serviços diferentes dentro do próprio app, e nele poderíamos criar uma nova seção para trabalhar em conjunto com todas as funcionalidades do aplicativo.
Iniciando a Pesquisa
Após definir o objetivo, coletamos informações sobre o cenário dos nossos possíveis usuários e do Banco Inter. Eu e uma parte do grupo fomos em busca do cenário financeiro do país, enquanto outra parte buscava dados relacionados ao Inter e seus clientes.
Descobri através da pesquisa da CNDL/SPC Brasil que 48% dos brasileiros não controlam os próprios gastos e os 52% restantes, que possuem algum tipo de controle, nem sempre o fazem de forma adequada. Além disso, com os impactos causados pela pandemia, 80% dos brasileiros tiveram suas finanças ainda mais afetadas, agravando o cenário do contexto apresentado.
Meu grupo também descobriu que as fintechs cresceram cerca de 34% no último ano. E encontramos o relatório operacional do banco Inter em 2020, que mostra que o número de contas atingiu 8,5 milhões, indicando um aumento de 108% em relação a 2019.
Ao conseguir novos dados, eu salvava os links para serem usados por nosso grupo no relatório. Como meu grupo era muito colaborativo cada tarefa designada a um membro também tinha participação dos outros. Sendo assim, os 7 artigos produzidos forma criados por todos os integrantes.
Para melhorar minha compreensão dos dados adquiridos na pesquisa, criei uma conta no Inter para navegar pelas funcionalidades do aplicativo e identificar oportunidades para o projeto. Nesse período percebi que não havia funcionalidade para ajudar o controle financeiro, o app possuía diversas outras funcionalidades que pensamos em usar como auxílio no nosso serviço, como cashback, investimento, e-commerce.
Conhecendo os usuários
Participei da criação das personas, usando como base os dados demográficos do relatório que que encontramos, e foi esse o resultado:
Persona: Luizão
Jornada do usuário de Luizão
Persona: Kátia
Jornada do usuário de Kátia
Nos reuníamos quase diariamente para discutir as etapas do projeto, nós realizamos essas tarefas individualmente e nas reuniões discutíamos e ajustávamos para chegar no resultado a ser apresentado no nosso case.
Validando as personas
Com as proto-personas criadas e suas jornadas definidas, precisamos validar se estavam corretas, assim montamos algumas certezas, suposições e dúvidas que tínhamos sobre os possíveis usuários, para que pudéssemos priorizá-las e criar hipóteses a serem validadas com eles. Você pode ver minhas primeiras hipóteses aqui.
Priorizamos através da Matriz CSD e da Matriz Impacto x Conhecimento, depois montei, junto com o grupo, o esboço de um formulário para capturar dados quantitativos sobre nosso público e candidatos para uma pesquisa qualitativa.
Mapeamento das perguntas da Pesquisa quantitativa
Após criado o nosso formulário disparamos para o máximo de pessoas, e conseguimos ao todo 149 respostas.
Realizando as Pesquisas Qualitativas
Depois de analisar o resultado da pesquisa quantitativa, precisamos conversar com alguns dos nossos respondentes. Para isso foi criado um roteiro padrão a ser utilizado por todo o grupo. Nos dividimos em duplas para facilitar as entrevistas, e pude participar de duas delas nessa etapa, uma como entrevistadora e outra como relatora.
Prints de duas pesquisas qualitativas. Os entrevistados tiveram o rosto embaçado para proteger suas identidades.
Ao validar nossas personas, partimos para criar alternativas de solução para esses usuários, utilizando a metodologia How Might We criei quatro sugestões de perguntas para gerar discussões e novas percepções na etapa de priorização de soluções.
• Como poderíamos ajudar os usuários a terem controle de entradas e saídas de dinheiro?
• Como poderíamos lembrar os usuários das contas a pagar?
• Como poderíamos atualizar os dados dos usuários com praticidade?
• Como poderíamos organizar melhor as finanças dos usuários?
Começando a Solução: pencil before pixels
Iniciamos nossos rabiscos, cada integrante do grupo montou um rascunho de telas. Então levamos esses rascunhos para a reunião e alinhamos todas as ideias em um projeto único. Durante essa reunião, um integrante desenhava o rascunho final da nossa ideia conjunta para depois ser aprimorado e testado.
Algumas telas do rabiscoframe
Caso queira conferir nosso protótipo de baixa fidelidade clique aqui.
Para esse primeiro teste, também definimos tarefas para testar o protótipo, eu testei na prática com uma pessoa que se encaixava no perfil dos nossos usuários.
Print do teste com rabiscoframe
Partindo para os Wireframes
Depois de analisarmos as entrevistas do primeiro teste, notamos algumas possíveis melhorias e decidimos fazer as mudanças na criação do protótipo de média fidelidade. Mais uma vez cada integrante ficou responsável por criar algumas telas em alta, e ao final elas foram polidas e padronizadas.
Com os wireframes criados, passamos a pesquisar as cores, tipografia e todo o style guide do Inter, pois nosso interesse era o nosso protótipo ficar o mais parecido possível com os serviços oferecidos dentro do app do banco.
Algumas telas do wireframe

Algumas telas do nosso wireframe

Desenvolvendo a Alta Fidelidade
Esta etapa foi uma das quais dedicamos mais tempo, já que ela demandava mais tarefas para que o protótipo funcionasse e fosse testado novamente.
Aqui participei da criação de algumas telas, da prototipação, e por fim, testei com os usuários essa versão do nosso protótipo.
Para testar novamente, criamos um roteiro de testes com algumas tarefas a serem seguidas pelos usuários e mantivemos a proposta de ter um condutor e um redator.
Prints de dois testes com o protótipo de alta fidelidade
Nesta fase participei de 4 testes, sendo 2 participantes usuários do Banco Inter. Optamos por testar com usuários do banco também, para analisar se o nosso produto condizente ao aplicativo do Inter e descobrir se esses usuários teriam mais dificuldade ou facilidade ao acessar o protótipo.
Gostamos muito dos resultados obtidos. A maioria dos ajustes a serem feitos foram problemas de UX Writing.
Acesse nosso protótipo de alta fidelidade abaixo.
Escrevendo para os usuários
Os ajustes de UX Writing também foram feitos coletivamente, para isso fizemos uma nova pesquisa para entender melhor nossos usuários e os termos mais familiares a eles. Com essa pesquisa fiz uma nuvem de palavras para nos ajudar a enxergar melhor esses termos.
Nuvem de palavras
Com as melhorias feitas, nos dividimos em dupla novamente e realizamos mais uma etapa de testes. Participei de 7 testes como condutora e redatora.
Print do teste de UX Writing
Apresentando o projeto no Programa UX Unicórnio
Entendemos que um projeto de UX nunca está finalizado, as pessoas são subjetivas e estão sempre mudando, e o produto deve estar acompanhando essas mudanças.
Mas, antes de finalizarmos com os testes de Writing, levamos nosso projeto para ser avaliado. Aqui fui responsável por apresentar os objetivos de negócios, assim como UX strategy e nossas personas. Estávamos bem ansiosos para ver o resultado do nosso projeto.
E conseguimos!
Tiramos a nota máxima no projeto, com a sensação de dever cumprido. Mas o trabalho continuou após a apresentação e realizamos as alterações de Writing que precisavam ser feitas.
Prints da apresentação no Programa UX Unicórnio e da nota máxima recebida no case
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